junho 12, 2011

(In)certezas.

Sentir? O que realmente é sentir?
Ouvi uma amiga minha ontem conversando comigo sobre um real sentimento, verdadeiro, que chegamos a conclusão que só sentimos uma vez, uma ÚNICA vez.
Vejo, ouço e passo por situações as quais as pessoas (me incluo neste grupo) dizem-se apaixonadas, muitas vezes até dizem-se amando, mas será que elas realmente sabem o que é o amor de verdade?
Na minha visão, um amor de verdade é quando você vê uma certa pessoa e por primeiro efeito, o seu coração bate mais forte e mais lendo o mesmo tempo, suas mãos começam a tremer, as palavras são saem direito e os atos não correspondem com o pensamento. O olhar se fixa no ser que causa toda essa sequência estranha de atos e simplesmente não consegue evitar que nosso cérebro idealize a imagem perfeita de um futuro onde quem sente e quem provoca as sensações estejam felizes, estejam juntos. Esta minha visão de amor de verdade não se formou do nada. Nós somos forçados a aceitá-la pois é uma sequência que a sociedade nos impôs, eu aceito se falarem que fui influenciada.
Eu acho que a palavra amor é muito mais do que um simples sentimento. Sentir todas as coisas acima citadas é uma consequência que nosso corpo nos impõe para avisar para a nossa temida razão: "Ei, aquela pessoa mexe com você!", mas não é amor. Sinceramente? Eu acho que não sei o que é amar, e quando digo isso, me refiro a sentir algo por alguém que me faça querer ficar com a pessoa para a vida inteira.
Mesmo achando que não sei o que é amar, confesso que já senti e ainda sinto as estranhas sensações, meu coração acelera e acalma no mesmo centésimo de segundo, minha fala fica escassa e eu tento, mas não consigo evitar de querer que a pessoa fique abraçada comigo para o resto da vida. Sou clichê, romântica e assumo que gosto de sentir isso, ainda mais quando é recíproco (mesmo que, na grande maioria das vezes - as mais recentes, pelo menos - não tenha sido).
Na conversa que tive com esta pessoa, ouvi a seguinte frase:
-"Um amor de verdade estará sempre lá, guardado, e nós teremos que escondê-lo dentro de nós mesmos, nós nos obrigamos a fazer isso porque nosso corpo não aguenta mais sofrer.. Mas de uma forma ou outra ele sempre estará lá, mas assim como ele se esconde, ele saberá a hora certa de aparecer novamente..."
E, no momento, a única resposta que fui capaz de dar foi:
- "É, se o sentimento realmente existir, vai acontecer, independente do tempo que tudo isso demore para se concretizar novamente.. Se não aconteceu ainda, é porque não é a hora."
P.S- Incrível como dou conselhos e não os sigo, mas voltando do texto...

Como eu disse, eu realmente não sei se amo, não sei se já amei e nem sei se vou amar alguém, mas da única coisa que tenho plena certeza é que, até que eu descubra todas essas respostas vou quebrar a cara muitas vezes, vou achar que tudo está dando certo até o momento que eu ver que não está muitas vezes, mas somente uma vez eu vou realmente sentir, e esta sim será para a vida toda, eu espero.
Até eu aprender a sentir, a amar e a descobrir o que são estas duas coisas vou seguir com a ilusão que as coisas devem acontecer da melhor maneira possível no momento que elas acontecem, e a única coisa que, a partir de hoje vou realmente assimilar é que eu preciso viver o momento que as coisas acontecem, sem pensar no antes e depois, sem pensar no arrependimento futuro e muito menos nas consequências, pois, se eu não fizer isso, ninguém fará por mim.
Para finalizar, esta semana ouvi e li várias vezes a seguinte frase: "E quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem um dia irá dizer que não existe razão?" - Eduardo e Mônica, Legião Urbana
A partir dela, a única coisa que posso tentar compartilhar como conselho a quem ler isso é: Por favor, não tentem entender os motivos que nos levam a timar certas atitudes e, o mais importante, não se privem de por o coração a frente da razão para viver, viver sentindo é muito melhor que viver pensando.