Eu quero saber aonde que eu fui parar. É, aonde que eu fui parar.
Quem eu costumava ser antigamente simplesmente desapareceu, fugiu! Eu procuro, procuro, procuro.. E insisto em não me achar. Mudei, cresci, amadureci, e confesso que perdi, além de mim mesma, algumas características que eu realmente queria que tivessem ficado aqui, bem coladinhas a quem eu costumava ser e ao que me tornei. As pessoas costumavam dizer que eu me diferia das outras porque eu era alguém, agora esse alguém me deu as costas e parece que quis dizer “Ei, você, aprenda a se virar sem mim…” e me deixou aqui, sem chão e sem saber para onde ir.
Sabe, sei que as pessoas mudam, todos mudam, e eu não seria alguém livre disso.. Mas poxa, essa mudança precisava realmente ser tão drástica? Tão forte que me deixou sem rumo e, confesso, que vem fez perder um pouco da noção? Se eu pudesse voltar no tempo, não teria feito algumas escolhas, são teria me afegado as pessoas erradas, não teria feito metade do que eu fiz e não teria me tornado aquela que eu me tornei agora, aquela que prefere mil vezes uma noite bem aproveitada do que um segundo inesquecível.. Mas sabe porque eu me tornei assim? Eu errei demais, e cansei disso. Eu já me vi em situações que me fizeram ter uma nova visão de tudo o que eu estava fazendo e das formas que aquilo poderia ser resolvido.
Mesmo que pareça estranho, por trás dessa figura estranha que se formou e que ainda nem consigo compreender de mim mesma, aquela menina emotiva, sensível continua ali, paradinha, sentadinha num canto, ouvindo bem caladinha seus próprios pensamentos de “Isso vai passar” e “Tudo vai ficar bem”.. Eu sei, eu acredito e eu espero que ela realmente esteja ali. A vontade de que ela levante e tome seu real lugar em mim mesma é enorme, ou até que que ela suba em uma balança com dois pesos e consiga se equilibrar com essa outra pessoa que eu ainda são sei caracterizar muito bem, que haja equilíbrio.
Mas olhe só, sabe o que eu percebi? Eu continuo a mesma, com os mesmos pensamentos e com as mesmas formas de ver a vida, só que, evitando que isso deixe transparecer e me tornar aquela pessoa frágil novamente, aquela que realmente não conseguia engolir o sentimento e não sabia como lidar com os erros que a vida a punha na frente.
“Eu apenas coloquei um sorriso no rosto e continuei vivendo…”